segunda-feira, 30 de abril de 2012

Uma breve aula sobre Tomografia Computadorizada

Tomografia computadorizada
Nos atuais tomógrafos computadorizados, um tubo de raios-X emite um feixe de radiação de forma laminar e de espessura muito fina, da ordem de milímetros, que atravessa o paciente indo sensibilizar um conjunto de detectores. Estes, por sua vez, se encarregam de transmitir o sinal em forma de corrente elétrica de pequena intensidade a um dispositivo eletrônico responsável pela conversão dos sinais elétricos em dígitos de computador.
Para que a imagem possa ser interpretada como uma imagem anatômica, múltiplas projeções são feitas a partir de diferentes ângulos. O computador de posse dos dados obtidos nas diferentes projeções constrói uma imagem digital representada por uma matriz.
Cada elemento de imagem da matriz (pixel) se apresentará com um tom de cinza correspondente à sua densidade radiológica.
A escala proposta por Hounsfield e largamente utilizada nos equipamentos atuais, associa as densidades das diferentes estruturas anatômicas a um grau específico na escala de cinza.

Características do Método
1 .– A Tomografia apresenta feixe de aspecto laminar e em forma de leque.
2. – A aquisição das imagens ocorre no plano do “gantry” o que, primariamente, gera cortes transversais ao plano do corpo.
3. – A imagem final é digital e pode ser facilmente manipulada por softwares.
4 .– Quanto maior a matriz melhor será a resolução da imagem.

A Imagem em Matriz
Por matriz, entendemos um arranjo de linhas e colunas.
A imagem tomográfica é uma imagem matricial onde, o arranjo das linhas e colunas, formam os elementos de imagem denominados individualmente pixel, que é, por sua vez, a área resultante da interseccão das linhas com as colunas.
A espessura do corte forma a terceira dimensão e, está relacionada à profundidade do corte. O volume formado pelo pixel e pela profundidade do corte é conhecido por voxel.
Nos tomógrafos atuais a matriz usual possui alta definição e dimensões de 512 linhas x 512 colunas. O primeiro tomógrafo EMI possuia matriz de resolução 80 x 80.

Representação do Voxel




















Para que a imagem de tomografia possa ser reconstruída de forma a demonstrar as estruturas em sua forma real, faz-se necessário, múltiplas tomadas de dados em diferentes ângulos de projeção. A partir dos dados obtidos em cada leitura o computador interpreta o grau de densidade dos diferentes tecidos atribuindo a cada um o valor correspondente de uma escala de cinzas. O resultado final é apresentado pelos pixels que formam a imagem tomográfica.
Cada voxel representa a unidade de volume da imagem, considerando a espessura do corte, e apresenta coeficiente de atenuação linear específico.
Gerações de TC
O tomógrafo de primeira geração, como o primeiro apresentado à sociedade científica nos anos de 1972 por Godfrey N. Hounsfield, apresentava as seguintes característica
Feixe de radiação muito estreito, que fazia uma varredura linear sobre o objeto coletando informações de 160 feixes distintos. Feita a primeira varredura o tubo sofria uma rotação de 1 grau para iniciar nova varredura e coletar as informações de outros 160 feixes na nova projeção.
Esse processo se repetia por 180 vezes e, assim, obtinha-se informações do objeto em 180 projeções diferentes , com variações de 1 grau em cada projeção e coleta de dados de 160 feixes por projeção. O tempo de aquisição de um corte tomográfico era de aproximadamente 5 minutos e um estudo completo durava muitas vezes mais de uma hora.
O equipamento de 2ª geração trouxe como inovação a aquisição de dados a partir de um conjunto de detectores, reduzindo drasticamente, o tempo de aquisição das imagens. Nestes equipamentos o feixe passou a ser laminar e, em forma de leque, de forma a cobrir o conjunto de detectores variáveis entre 20 e 40 dependendo do fabricante.
Hoje, estes equipamentos, estão proibidos de operarem no mercado por apresentarem taxas de doses não compatíveis com os níveis admissíveis.
Os equipamentos de terceira geração apresentaram uma evolução significativa. Nestes equipamentos, eliminou-se o que conhecemos por varredura linear. A partir de então, os tubos pararam de fazer varredura a cada grau e passaram a fazer movimentos de rotação contínuos ao mesmo tempo em que se fazia a coleta dos dados.
Uma quarta geração de equipamentos de TC surgiu com um conjunto de detectores distribuídos pelos 360 graus da abertura do gantry, ocupando assim, todo o anel.
O Sistema Helicoidal (ou espiral )















Os cortes tomográficos são obtidos com a mesa em movimento, de forma que, as “fatias “ não são necessariamente planas mas, na forma de hélices, enquanto que, o método de aquisição, se assemelha a um modelo espiral.
Novos conceitos foram introduzidos, destacando-se: Revolução, Pitch e Interpolação.
REVOLUÇÃO : Compreende o giro de 360 graus do conjunto tubo-detectores. O tempo de aquisição dos cortes influencia a velocidade de rotação do conjunto. Nos TCs helicoidais o tempo de revolução médio é de 1 segundo.
Pitch: Representa a razão entre o deslocamento da mesa pela espessura de corte. Nas aquisições das imagens helicoidais com pitch de 1:1 , observamos que; a mesa se desloca na mesma proporção da espessura do corte em cada revolução. Assim , se os cortes forem de 10 mm, para cada imagem a mesa se deslocará 10 mm.
Fator importante a considerar nos casos de trabalho com pitchs de relação maiores que 1:1 , é que, a quantidade de radiação por fatia de corte será sensivelmente reduzida, aumentando assim o ruído da imagem provocado pela baixa dose de exposição.













INTERPOLAÇÃO : A aquisição dos dados em TC helicoidal, gera imagens que, embora não perceptíveis ao olho humano, apresentam um aspecto em forma de hélice, resultado da aquisição espiral.

Tomografia Helicoidal Multi-Slice
Os tomógrafos multi-slice trabalham com várias coroas de detectores pareadas, que podem, ou não, apresentarem as mesmas dimensões. Alguns fabricantes optam por conjunto de detectores de diferentes dimensões por entenderem que, desta forma, obtém-se maior estabilidade dos detectores em determinadas espessuras de corte. As coroas podem apresentar detectores que vão desde 0,5 até 10 mm.
Outra característica notável dos tomógrafos multi-slice, está relacionado à velocidade com que o conjunto tubo-detectores gira no interior do gantry. Em alguns equipamentos, revoluções de até 0,5 segundos ( tecnologia sub-second ). Este reduzido tempo permitiu novos estudos de tomografia com sincronização cardíaca.
A sincronização cardíaca (gating), associado às pequenas espessuras de corte, possibilitou o estudo do coração com alta resolução anatômica, e melhor definição das patologias das artérias coronárias.
Múltiplos detectores


















Múltiplos cortes








O TUBO de RAIOS-X do TC
Os tubos empregados em TC são bastante similares aos utilizados nos equipamentos radiológicos convencionais. Na constituição desses tubos, uma ênfase especial é dada a forma de dissipação do calor, uma vez que, esses tubos ficam sujeitos a uma maior frequência de exposição, exposições mais longas e, altas doses de exposição.
A sua disposição no interior do gantry, particularmente no que se refere ao eixo catodo-anodo, ocorre de forma perpendicular ao seu movimento de rotação
Nos equipamento de 3ª geração, os tubos apresentam, em geral, uma vida média de cerca de 80.000 cortes. No equipamentos helicoidais e nos multi-slice, os tubos são projetados para apresentarem vida média de aproximadamente 500.000 cortes.
A documentação tomográfica é a última etapa do exame de tomografia computadorizada. Uma boa documentação, além de demonstrar zelo com o exame, pode ser decisiva para uma correta interpretação do estudo. As imagens devem ser documentadas levando-se em consideração qual o tecido de maior interesse (assunto) e, evidenciando-se, na medida do possível, o contraste da imagem.
O tecido de interesse é estabelecido pelo nível da imagem ( Window Level ) e representado pelo valor WL. O contraste da imagem depende da amplitude da Janela (Window Width ) representado por WW. Janelas muito amplas apresentam imagem tomográficas acinzentadas e, portanto, de baixo contraste, mas podem representar fator de qualidade, na medida em que, um maior número de estruturas estarão presentes na imagem.















Artefatos
Artefatos de anel ( Rings artifacts )
Os artefatos na imagem que se apresentam em forma de anel, está inicialmente relacionado com problemas nos detectores.
Materiais de alta densidade.( Strike) 
Objetos metálicos, implantes de materiais de alta densidade, como as obturações dentárias, projéteis de arma de fogo, entre outros, produzem artefatos lineares de alta densidade.
Materiais de alto número atômico.
Os materiais de alto número atômico tendem a ser comportar como os materiais metálicos e, produzir artefatos do tipo “Strike”. Os meios de contraste positivos como; o Iodo e o Bário em altas concentrações, devem ser evitados, ou, usados com critério.
Ruído da imagem. 
O ruído, aspecto que confere granulosidade às imagens, ocorre principalmente em função da utilização de feixes de baixa energia ou, quando o objeto apresenta grandes dimensões, como no caso dos pacientes obesos.
Equipamento de Tomografia Computadorizada






















O sistema está composto de: Gantry, Mesa de Exames, Mesa de Comando, Computador para processamento das imagens .
O gantry é o corpo do aparelho e contém:
Tubo de Raios-X
Conjunto de Detectores
DAS ( Data Aquisition System )
OBC ( On-board Computer )
STC ( Stationary Computer )
Transformador do Anodo
Transformador do Catodo
Transformador do filamento
Botões controladores dos movimentos da mesa e do gantry.
Painel identificador do posicionamento da mesa e do gantry.
Dispositivo LASER de posicionamento.
Motor para rotação do Tubo .
Motor para angulação do gantry.
Mesa de ExamesSuporta paciente até 180 Kg.
Movimento de elevação.
Mesa de tampo deslizante
























Mesa de ComandoMonitor para Planejamento dos exames
Monitor para Processamento das imagens.
Mouse .
Trackball (Bright Box ).










































Aula dada pela professora Giulliana Cristina Rangel Engelender da Universidade de Mogi das cruzes






sábado, 28 de abril de 2012

Um pouco sobre Ressonância Magnética

Atualmente a Ressonância Magnética Nuclear é utilizada como uma das principais ferramentas de diagnóstico utilizando imagens médicas.
Ressonância (Nuclear) Magnética Princípios Básicos
Realização do exame:
1. O paciente ou parte do corpo é colocado em um supercondutor magnético.
2. um forte campo magnético é criado pelo movimento de corrente dentro de uma série de bobinas espirais.
3. Uma onda eletromagnética ( pulso de radiofreqüência) é criada, fazendo com que o núcleo de prótons de hidrogênio dos tecidos corporais ressonem gerando um sinal eletromagnético.
4. O sinal gerado baseia-se nas propriedades do tecido e da posição do ímã.
5. O sinal é detectado pela bobina receptora e, após o processamento dos dados, a imagem é enviada para o computador.
Aplicações
- A IRM envolve a interação de ondas de rádio (e campos magnéticos estáticos) apenas com os núcleos dos átomos
- Mas nem todos os núcleos de átomos respondem ao campo magnético.
- Uma lista dos núcleos potencialmente adequados para IRM:
13
C Carbono
6
17
O Oxigênio
8
14
N Nitrogênio
7

1
H Hidrogênio
1
- Cada Molécula de água, contém 2 átomos de Hidrogênio e 1 de Oxigênio
- O Corpo Humano é composto de aproximadamente 85% de água.
- Daí o motivo da utilização da IRM em larga pela medicina.

Sons de pancadaO movimento contínuo das bobinas de gradiente durante o exame é muito alto.
São dados tampões ou fones de ouvidos aos pacientes durante o exame para que se torne mais tolerável.

UnidadeTesla: unidade de medida de força do sistema de campo magnético (m/kg/seg)
Gauss: cm/g/seg
1T = 100.000 Gauss
Existem aparelhos de 0.3, 3.5,1 e 1.5 Tesla ( ímãs de várias intensidades).
Ímãs de 1 tesla ou mais são considerados campos de alta intensidade e geram sinais maiores e geralmente produzem imagens melhores.

Curiosidade
O campo magnético da Terra é de aproximadamente 1 Gauss.
A maioria das unidades de RM geram uma intensidade de campo magnético 10 mil vezes maior que a da Terra.
IRM na Medicina









A Imagem- Devido as Bobinas de Gradiente, o equipamento de RM nos permite fazer imagens da estrutura desejada em formas de cortes em um sentido previamente especificado, como poderemos ver nos exemplos abaixo.
Para cada sentido escolhido, designamos um nome p/ o plano de corte da imagem. São eles : Sagital, Axial ou Coronal.





-Além da Bobina Gradiente, se torna necessário também para a aquisição da Imagem, as Bobinas de Rádio-Frequência.
-São Responsáveis pela emissão e recepção dos sinais de rádio.
Podemos classificá-las da seguinte forma:
- Bobina Corporal :- está fica dentro do magneto; circunda completamente o paciente, inclusive a mesa onde ele fica acomodado.

Obtenção da Imagem
- Bobina de volume integral circunferênciais :- menores e separadas, também circundam a parte examinada... Ex: Bobina para Cabeça e a Bobina para membro .
- Bobinas de superfície :- Estas são colocadas sobre a área a ser examinada. Geralmente, este tipo de Bobina, é utilizada para visualização de regiões mais superficiais... Ex.: Bobina para ombro. Principal vantagem, é o aumento da razão Sinal Ruído.
Parâmetros das ImagensT1 e T2 referam-se ás propriedades dos tecidos após a exposição a uma série de pulsos.
Tecidos diferentes têm diferentes propriedades em T1 e T2, baseados na resposta de seus hidrogênios aos pulsos de radiofreqüência impostos pelo ímã.
Essas diferentes propriedades são exploradas por meio de parâmetros determinados pelo TR e TE que produzem imagens baseadas tanto em propriedades dos tecidos T1 quanto T2 (imagens ponderadas em T1 e em T2).
TR= tempo de relaxamento ( tempo entre os pulsos de radiofreqüência)
TE= tempo de eco ( intervalo entre a aplicação do pulso e a escuta do sinal)
TR e TE são expressados em milissegundos ( ms)
Os sistemas de imagens produzidas por uma combinação das propriedades de T1 e T2 são chamadas de densidade de prótons ou imagens balanceadas.
Seqüência ponderada em T1:TE baixo e TR alto
Sequencia ponderada em T2:TE alto e TR alto
Imagens de densidade de prótons:TE baixo e TR alto
TE baixo aprox. 20 ms e alto 80 ms
TR baixo aprox. 600 ms e alto até 3000 ms
IntensidadeA intensidade do sinal refere-se à claridade do sinal gerada por um tecido específico.
Tecidos mais claros ( + brancos) são hiperintensos
Tecidos mais escuros são hipointensos
Tecidos intermediários são isointensos
Todos comparados com o tecido circundante.
O conhecimento do sinal característico da água é útil para reconhecer as sequencias.
Olhe para as estruturas contendo líquido, como ventrículos, bexiga e LCR. Se p líquido for claro a imagem é ponderada em T2, se for escura é T1.

A Imagem - Agentes de ContrasteAtualmente, o agente de contraste mais popular para exames de RM, é o Gadolínio-DTPA (Gd-DTPA).
Atualmente é ministrada uma dose de 0,2 ml/kg com a velocidade da injeção não excedendo 10 ml/min
As vantagens do Gd-DTPA são:
- menor toxidade e menos efeitos colaterais que o contraste iodado
- O Contraste permanece no corpo da pessoal cerca de 60 min. O que nos da um bom tempo para a realização do exame.. (uma vez que um Exame de RM dura em torno de 40 a 50 min)
Contra indicação:
- Insifuciência renal.. Uma vez que o contraste é eliminado pela urina

RM - Riscos e Precauções A Energia liberada pelo IRM não ionizante, o que livra o paciente dos riscos ocasionadas pelas energias ionizantes
No entanto o campo magnético gerado pela bobina do aparelho de RM representa alguns riscos...
Ex: Torções de objetos Metálicos:
- Estão completamente proibidas de fazer uma IRM, pessoas que tenham grampos cirúrgicos dentro do corpo, como por exemplo, pacientes com grampos em aneurismas intracrânianos.
- Próteses metálicas dentro do corpo;
- artefatos de metal como projéteis de arma de foro ou estilhaço de granada
Ex: Interferências Elétricas com Implantes Eletromecânicos:
- Também são proíbidas de fazer os exames pessoas com marcapasso.
- Outros dispositivos que podem ser afetados pela IRM são, cartões e fitas magnéticas, relógios analógicos.

Pacientes com Claustrofobia
Aquecimento Local de Tecidos e Objetos Metálicos
- Apesar de não haver evidência de que exista qualquer risco para o feto, recomenda-se às gestantes realizar o exame após o primeiro trimestre de gravidez. Exames antes deste período podem ser realizados desde que o diagnóstico seja imprescindível à gestante

RM - Aplicações Médicas A seguir, serão apresentados os exames mais comuns feitos por IRM,
serão também descritas as orientaçoes para o exame.
O principal objetivo de um exame por RM é a boa qualidade da imagem em um limite de tempo aceitável
Os exames mais comuns são:
Imagens do Encéfalo
Cortes de Rotina: (Sagital, Coronal e Axial)
Agente de Contraste: Gd-DTPA com imagens ponderadas em T1
Bobina para Cabeça Padrão
Imagem da Coluna
Cortes de Rotina: (Sagital e Axial)
Estruturas mais bem Demonstradas: (Medula espinhal, tecido nervoso, discos intervertebrais, medula óssea, espaços entre as articulações interfacetárias, veia basivertebral, ligamento amarelo
Patologia Demonstrada: Herniação e degeneração do disco, alterações do osso e da medula óssea, neoplasia, doença inflamatória e desmielinizante
Agente de Contraste: Gd-DTPA com ponderação

Imagens do Membro e Articulação
Cortes de Rotina: (Sagital, Coronal e Axial)
Estruturas mais bem Demonstradas: (Gordura, músculo, ligamentos, tendões, nervos, vasos sanguíneos, medula óssea)
Patologia Demonstrada: Distúrbios da medula óssea, tumores dos tecidos moles, osteonecrose, rupturas de ligamento e tendão.

Imagens do Abdome e da Pelve
Cortes de Rotina: (Sagital, Coronal e Axial)
Estruturas mais bem Demonstradas: (Fígado, pâncreas, baço, suprarenais, vesícula biliar, rim, vasos, órgãos da reprodução.
Patologia Demonstrada: Tamanho do tumor e estadiamento de tumores, principalmente tumores pediátricos, tais como neuroblastoma e tumor de Wilms.

Preparo para o exame: Neste caso, os pacientes podem ser instruídos a jejuar ou consumir apenas liquídos coados 4 hs antes do exame.
Vantagens da RM sobre a TCNão há radiação ionizante.
Capacidade de obter multiplanar (ax,cor,sag.obl)
Melhores detalhes anatômicos
Mais sensibilidade de detectar alterações patológicas súbitas9 edema cerebral,infiltração da medula óssea)
Melhor contraste entre os tecidos
Vantagens da TC sobre a RMAvaliação de anormalidades calcificadas ou ossos devido à falta de sinal do cálcio.
Mais barata
Mais rápida
Pacientes com claustrofobia conseguem fazer o exame graças ao formato aberto do gantry
Supressão de gorduraÉ um programa de redução de gordura.
Técnica especial da RM para eliminar o sinal brilhante produzido pela gordura
Faz com que os prótons da gordura se comportem de modo diferente dos da água.
São pulsos repetitivos de radiofrequencia que resultam na ausência relativa do sinal dos tecidos gordurosos.
Ressonância de Campo AbertoEm vez de túnel usa-se ímãs em forma de C ou de um grande furo.
Vantagens: podem ser usadas por pacientes claustrofóbicos e providenciam imagens para procedimento intervencionistas
Desvantagens:com ímãs mais fracos (0.1 a 0.3T) limitam a resolução espacial e anatômoca.

Aula dada pela professora Giulliana Cristina Rangel Engelender da Universidade de Mogi das cruzes

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Dúvidas Frequentes


O profissional das Técnicas em Radiológicas têm direito a quantos dias de férias por ano e qual deve ser a periodicidade?
A lei que regulamenta a profissão (7.394/85) é omissa em relação a férias. Ou seja, não existe nenhum artigo em seu conjunto que fale sobre a questão. Com isso, o parâmetro utilizado são os mesmos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 30 dias de férias a cada 12 meses de trabalho, ressalvadas as previsões estipuladas em documentos coletivos de trabalho. Os servidores federais, regidos pela Lei nº 8.112/90, têm direito a 20 dias consecutivos de férias a cada semestre de atividade profissional.
 
Permanece a exigência de três anos de duração para o curso de Técnico em Radiologia?
Não. A Lei nº 10.508, de 10 julho de 2002, alterou a Lei nº 7.394/85, de modo que a exigência para inscrição profissional deve contemplar a formação mínima de Técnico em Radiologia, de acordo com as exigências do sistema educacional, que corresponde a 1,2 mil horas/aula.
 
Qual é o prazo para se concluir um processo de solicitação de inscrição profissional e, em caso de indeferimento, qual o tempo determinado para se interpor recurso ao CONTER?
De acordo com a Resolução CONTER nº 04/2002, os Conselhos Regionais terão o prazo de 45 dias para apreciar e decidir os pedidos de inscrição profissional. O prazo para recurso ao CONTER é de 30 dias, a contar da data de ciência da decisão.
 
Enquanto tramita o processo de solicitação de inscrição profissional o requerente pode exercer a profissão portando um protocolo fornecido pelo CRTR?
Não. Isto seria exercício ilegal da profissão, não havendo nenhuma possibilidade do Regional fornecer este protocolo, pois somente estão habilitados para exercer a profissão de Técnico em Radiologia aquela que já tiver seu registro no CRTR de sua jurisdição.
 
Como saber se um curso para formação de Técnico em Radiologia é reconhecido e aprovado pelo Ministério da Educação?
Esta informação deve ser obtida junto à Secretaria Estadual de Educação/Conselho Estadual de Educação, órgãos                          competentes para a aprovação e funcionamento dos cursos no âmbito estadual. Em se tratando de escola federal, o curso é aprovado pelo MEC, através da Secretária de Ensino Médio e Tecnológico, ou órgão por ele delegado.
 
Qual a carga horária mínima de um curso de Técnico em Radiologia?
Nos termos do Parecer CNE nº 16/99 e da Resolução CNE/CEB nº 04/99, o curso Técnico em Radiologia, por se enquadrar na área da saúde, terá carga horária mínima de um mil e duzentas horas, acrescidas das horas destinadas ao estágio curricular supervisionado.
 
É necessário comprovar a conclusão do ensino médio no ato da matrícula para o curso Técnico em Radiologia ou os dois cursos podem ser realizados simultaneamente?
Conforme a Lei nº 7.394/85 e o Decreto nº 92.790/86 (que regulamentam a profissão de Técnico em Radiologia) e Pareceres CNE/CEB Nºos 09 e 15/2001, em nenhuma hipótese poderá ser matriculado no curso técnico um aluno que não comprovar a conclusão do ensino médio, devendo, também, atestar idade superior a 18 anos.
 
Em que área o radiologista pode atuar?
Nos termos dos Pareceres CNE/CEB Nºos 09 e 15/2001, os egressos dos cursos técnicos em radiologia só poderão atuar na área na qual obtiveram diplomação, restringida a uma das especialidades relacionadas no Art. 1º da Lei nº 7.394/85, que são: Radiodiagnóstico, Radioterapia, Radioisotopia, Medicina Nuclear e Radiologia Industrial.






FONTE: http://www.conter.gov.br

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Física Aplicada à Radiologia


A radiologia tem por finalidade gerar imagens através de métodos de diagnósticos não invasivos e promover o tratamento de algumas patologias; situações nas quais as ferramentas utilizadas são as radiações ionizantes.

O desenvolver da área radiológica está associado às diversas áreas, porém em seu alicerce encontramos a física.

No ano de 1895, Wilhelm Conrad Röntgen (Físico nascido na Alemanha) descobriu os raios x quando estudava a luminescência produzida por raios catódicos e fez aplicação dos mesmos quase que imediatamnte.

Wilhelm Conrad Röntgen e a primeira radiografia;
que fora feita da mão de sua esposa.
Em 1896, Antoine Henri Becquerel (físico nascido na França) descobriu acidentalmente o fenômeno da radioatividade; proceso esse que consiste em elementos que possuem instablidade nuclear (excesso de energia), na busca de estabilidade acabam por emitir energia sob a forma radiante gama, alfa e beta.

Antoine Henri Becqerel descobriu o fenômeno
que hoje auxilia no tratamento do câncer.
O reconhecimento do uso de algumas faixas de radiação voltadas para diagnóstico e terapia foi reconhecido quase que imediatamentee, a partir daí a radiologia começou a nascer.

Aparelhos do tipo: raios x convencional, tomógrafo, mamógrafo, pet/ct, gama-câmara, spect, gamógrafo, foram criados para acompanhar e atender às nossas necessidades.

Atualmente, a área radiológica possui várias ramificações, veja algumas:
• Radiologia médica
• Radiologia odontológica
• Radiologia metalúrgica
• Radiologia ambiental
• Radiologia científica
• Radiologia alimentícia
• Radiologia de projetos
Esse ramo da ciência de grande importância encontra-se sobre um alicerce científico, o seu desenvolver está baseado em grande parte sobre ele.
Radiologia e física, uma ligação entre áreas de conhecimentos diferentes que deu certo.

Por Frederico Borges
Graduado em Física
Equipe Brasil Escola

Os melhores livros de estudo para concursos:




TRATADO DE POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO E ANATOMIA ASSOCIADA (BONTRAGER)
BONTRAGER, KENNETH L. / LAMPIGNANO, JOHN P. - Editora Elsevier





Técnicas radiográficas- Antonio Biasoli Jr.